Sempre fui muito tímida, e minha mais forte relação afetiva, na infância, era com a Nora, cachorra dinamarquesa do meu pai. Dessa relação ficou um trauma, quando da morte da Nora. Ela desapareceu de casa e ninguém teve coragem de me dizer que havia partido..
Desse momento em diante, deixei de enxergar animais, de qualquer espécie. Só fui me recuperar, aos quarenta anos, quando consenti ficar com a Cleo, cachorrinha de minha irmã, que estava mudando de país.
Que se completou mais tarde com a Chica, minha companheira por 15 anos. Éramos tão apegadas, que parecíamos uma só. Quando Chica partiu, meu sentimento era de que tinham apagado a luz do universo!
Até que uma amiga, vendo meu sofrimento, disse: "por que você não distribui todo esse amor, vai procurar uma ONG de proteção animal". Eu nem sabia que isso existia...ONG de proteção animal.
E fui. Trabalhei 6 anos como voluntária e assim começou minha paixão pela militância. Então, decidi abrir minha própria ong, para trabalhar focada na educação de humanos, para evitar maus-tratos, abandono e exploração animal.
Durante um tempo fui modelo fotográfico. Um dia, estava almoçando em Nova York, num restaurante vietnamita, quando caiu a ficha.
Um dia, estava almoçando em Nova York, num restaurante vietnamita, quando caiu a ficha. Sim! Vegetarianismo pelos animais… pelos animais!
A partir daí, teve início meu processo para o vegetarianismo, que foi se aprofundando à medida que tomava conhecimento de mais barbaridades contra outros animais.
Me tornei vegana na alimentação e na filosofia, o que me trouxe grande alegria! Deixei de ser, por ignorância, mais uma exploradora de animais! Graças!
Agora, é uma RPPN - Reserva Particular de Patrimonio Natural - com o certificado oficial recebido das mãos da ministra Marina Silva. Sempre soube que ali seria para os animais, e sou muito grata por isso.
Considero a água um ser divino, assim como a lua, o sol, as árvores. Sofro ao ver, diariamente, a indignidade e o descuido com que tratamos esses seres sagrados.