Nosso #TBT de hoje traz uma campanha de carnaval feita pelo INR há muitos anos, mas cuja mensagem infelizmente é atual, pois essa crueldade carnavalesca existe até hoje. Pavões e outras aves são submetidos a torturas para extração de suas penas para as fantasias de carnaval (leia aqui).
Uma petição criada em 2016 ainda recolhe assinaturas tentando sensibilizar os dirigentes das Ligas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. Assine aqui e compartilhe.
No âmbito legislativo, o Projeto de Lei 1097 de 2019, do deputado Célio Studart (PV), “proíbe a utilização de penas e plumas de origem animal para a produção de fantasias e alegorias, incluindo-se as carnavalescas. A infração sujeitará o infrator a multas de R$ 5 mil a R$ 2 milhões, aplicadas progressivamente em caso de reincidência”. Segundo o deputado, “não se pode aceitar, em pleno século 21, o uso de partes do corpo de animais para fazer adereços de fantasias”.
No entanto, o PL 1097/19, ao qual ainda foram apensados três PLs semelhantes de outros deputados (PL 348/2020, PL 605/2023 e PL 663/2023), tramita na Câmara dos Deputados até hoje, com um parecer desfavorável na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE). O relatório da deputada Antônia Lúcia (Republicanos) é um festival de especismo, com seu texto a todo momento colocando os animais como meros produtos econômicos para serem dispostos pelo bicho-homem a seu bel-prazer e interesse econômico.
Quanto a nós, do Instituto Nina Rosa e demais cidadãos compassivos e antiespecistas, renovamos nosso apelo às escolas de samba de todo o país por um carnaval sem crueldade. É um contrassenso que o maior espetáculo da cultura brasileira, que atrai e alegra pessoas de todo o mundo, seja realizado às custas da violência contra criaturas inocentes e que sentem tanta dor quanto nós.
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