A 10ª edição do Vegfest, congresso realizado pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), aconteceu de 30 de novembro a 3 de dezembro no Expo Center Norte, na capital paulista. Ao longo dos quatro dias, o evento recebeu cerca de oito mil visitantes e mais de 1200 congressistas, segundo estimativa da SVB. Além da concorrida área de exposições, onde foram vendidos produtos de diversos empreendedores veganos, as salas do centro de convenções foram palco de dezenas de palestras conduzidas por convidados brasileiros e estrangeiros de diversas áreas: medicina, nutrição, biologia, direito, esporte, ativismo, culinária e outras.
Renovação: Movimento #DeixaVoar do Instituto Nina Rosa foi o tema da palestra apresentada pela ativista fundadora do INR e pelo biólogo Daniel Moura. Eles contaram ao público a novidade do retorno das atividades do Instituto Nina Rosa e divulgaram esse primeiro movimento realizado, que conclama a sociedade: “Abram-se as gaiolas e deixa voar!” (frisando igual defesa de liberdade para aqueles seres aprisionados em zoológicos, aquários, fábricas de filhotes, biotérios e quaisquer outros confinamentos). Para saber como participar — por meio de desenho, foto, filme, canção, dança e qualquer outra expressão artística —, acesse aqui.
Nina e Daniel também falaram, para um público de aproximadamente 80 pessoas, um pouco mais sobre a volta do INR (o significado do novo logotipo, o novo site, a nova diretoria etc.), além de explicarem o que é RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) e ASAS (Área de Soltura de Animais Silvestres), braços da causa animal que receberão uma nova força do Instituto Nina Rosa (leia mais aqui). De acordo com Daniel, em pouco mais de um ano desde o início das atividades, mais de 400 animais de várias espécies resgatados e reabilitados pelos CETAS (Centros de Triagem de Animais Silvestres) foram libertados na RPPN Nina Rosa. “É uma grande alegria oferecer liberdade a um animal que antes vivia em cativeiro”, disse Nina.
A educação humanitária (que “nos instiga a permanentemente pensarmos sobre o impacto de nossas ações em todos os seres que nos rodeiam: seres humanos, animais, água, plantas e outros elementos da natureza, à qual todos pertencemos”, segundo o novo site do INR, com base na definição da cofundadora e presidente do Institute for Humane Education, Zoe Weil) também foi abordada.
Outros assuntos foram os 20 anos do documentário A carne é fraca, que teve grande repercussão no Brasil e no exterior, e o filme infantojuvenil Fulaninho, o cão que ninguém queria, outra produção do Instituto Nina Rosa (de 2001), além de discussão sobre embarque de animais vivos e abate de jumentos.
E faltou tempo para falar mais. Mas o retorno do INR está apenas começando, e esses e muitos outros temas serão trazidos à tona para discussão, reflexão — e ação — com toda a sociedade.
Fotos e vídeo: SVB/Divulgação
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