Não Exporte Vidas: diversas cidades se manifestam contra a exportação de animais vivos

Domingo, 24 de março. O Movimento Nacional pelo Fim das Exportações de Animais Vivos levou defensores dos animais de diversas cidades do Brasil às ruas, como parte da campanha #NãoExporteVidas.

Segundo o texto divulgado para a imprensa, “a manifestação de 24 de março tem como foco denunciar as crueldades e irregularidades envolvidas no mercado de exportação de animais vivos para abate, e com isso chamar a atenção dos governantes e órgãos públicos responsáveis pela preservação e defesa do meio ambiente e da saúde animal; conscientizar a população sobre as ameaças envolvidas nessa cadeia produtiva; e promover a assinatura de petições, como a Consulta Pública em curso acerca do Projeto de Lei 3093/21 proibindo a exportação de animais vivos”.

O transporte marítimo de animais vivos é um grau a mais no horror que a indústria da carne já impinge a seres sencientes. Durante várias semanas, bois e vacas ficam amontoados, sem espaço para se movimentar, num ambiente fétido, sobre seus excrementos (que terminam em grande quantidade no mar, destruindo também o meio ambiente), num calor intenso de um navio barulhento e chacoalhando nas ondas. Muitos morrem no caminho, principalmente por doenças respiratórias e exaustão, e os sobreviventes chegam ao porto de destino apenas para enfrentar seu próprio e inevitável destino: a morte. E, dependendo do país aonde chegam, esta pode ser ainda mais violenta do que a executada nos matadouros brasileiros, seguindo preceitos religiosos como halal e kosher.

E há os acidentes e incidentes. Em 2012, uma pane no sistema de ventilação do MV Gracia del Mar, que ia do Brasil ao Egito, matou por asfixia cerca de 2700 bois (mais da metade da “carga” viva total, de 5200 animais). Em 2015, um navio que seguia para a Venezuela também com cerca de cinco mil vidas tombou na costa paraense, matando afogados quase todos os prisioneiros. Agora em 2024, a tripulação do MV Bahijah literalmente abandonou o barco, deixando para trás 16 mil vidas sencientes, incluindo ovelhas (leia aqui). E esses são apenas alguns exemplos de toda essa barbárie.

Você pode ajudar a acabar com isso. Para pedir o fim do transporte marítimo de animais vivos, clique aqui e vote SIM na consulta pública do PL 3093/2021, que “proíbe a exportação de animais vivos para abate no exterior (…)”. Você também pode assinar a petição Exportação Vergonha, da ONG Mercy for Animals Brasil. Mas a forma mais efetiva de ajudar é tirar do prato carnes e secreções animais, e dessa forma não contribuir para a tortura e morte de seres sencientes e inocentes seja onde for — nem no mar, nem na terra.

Confira alguns registros da manifestação enviados pelos ativistas, e junte-se a nós pelos direitos dos animais!

Belo Horizonte (MG)

Na Praça da Liberdade, o lembrete pela libertação animal: “Não exporte vidas, isso é antiético. Não exporte vidas, isso é antieconômico. Não exporte vidas, isso é antiecológico”.

Brasília (DF)

Na capital federal, o encontro com o Eixo Tur Integrativo, levando conscientização sobre os direitos dos animais também ao público do evento.

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Curitiba (PR)

Florianópolis (SC)

Porto Alegre (RS)

Manifestação atraiu a atenção da mídia: Rede Pampa entrevistou representante da ONG Princípio Animal.

Rio de Janeiro (RJ)

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Rio Grande (RS)

Salvador (BA)

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São Paulo (SP)

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São Sebastião (SP)

Milhares de animais partem de São Sebastião numa viagem torturante rumo à morte. Eles já chegam ao porto sujos de excrementos após as longas horas da viagem de caminhão, vindos de outras cidades ou estados. Assim, nos dias de embarque, os moradores e turistas de São Sebastião enfrentam um odor que impregna o ar, além do caos no trânsito por conta da circulação de caminhões. As exportações de animais vivos fazem mal a todos, só beneficiando meia dúzia de pecuaristas que enriquecem às custas de sofrimento e morte. #NãoExporteVidas!